SIP - SERVIÇO DE INUTILIDADE PÚBLICA

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sexta-feira, 28 de maio de 2010

TODAS AS MULHERES PRECISAM LER... (Parte II - Mais de Bundas)


À BUNDA. 

(Por Fernanda Young)

Olha, desta vez você passou das medidas. Só não boto você pra fora, agora, porque é a sua cara dar escândalo.

Estou cheia de você atrás de mim o tempo todo. Fica se fazendo de fofa, enquanto, pelas minhas costas, chama a atenção de todo mundo para meus defeitos.

Você está redondamente enganada se pensa que eu vou me rebaixar ao seu nível – o que vem de baixo não me atinge. Mas faço questão de desbancar essa sua pose empinada.

Você é, sempre foi, um peso na minha existência – cada papel que me faz passar... Diz-se sensível e profunda, mas está sempre voltada para aquilo que já aconteceu. Tenho vergonha de apresentar você às pessoas, sabia?

Por que você nunca encara as coisas de frente, bunda? Fica parecendo que, no fundo, tem algo a esconder. Por acaso, faz alguma coisa que ninguém pode saber? O que há por trás de todo esse silêncio?

Você diz que está dividida e que eu preciso ver os dois lados da questão. Ora, seja mais firme, deixe de balançar nas suas posições.

Longe de mim querer me meter na sua vida privada, mas a impressão que dá é que você não se enxerga. Porque está longe de ter nascido virada para a lua e costuma se comportar como se fosse o centro das atenções.

Bunda, você mora nos fundos, num lugar abafado. Nunca sai pra dar uma volta, nunca toma um sol, nunca respira ar puro. Vive enfurnada, sem o mínimo contato com a natureza. O máximo que se permite é aparecer numa praia de vez em quando, toda branquela.

Não é de admirar que esteja sempre por baixo. Tentei levar você para fazer ginástica, querendo deixar você mais pra cima, mas fingiu que não escutou.

Saiba que você não é mais aquela, diria até que anda meio caída. E vai ter que rebolar para mexer comigo, de novo, da maneira que mexia.

Lembro do tempo em que eu, desbundada, sonhava em ter um pouquinho mais de você. Agora, acho que o que temos já está de bom tamanho. E, pensando bem, é melhor pararmos por aqui antes que uma de nós saia machucada.

Sei que qualquer coisinha deixa você balançada, então não vou expor suas duas faces em público. Mas fique sabendo que, se você aparecer, constrangendo-me diante de outras pessoas, levarei seu caso ao doutor Albuquerque*.

Lamento, isso dói mais em mim do que em você, mas você merece o chute que estou lhe dando.

Duplamente decepcionada,
Fernanda.

*Refere-se ao cirurgião plástico Pedro Albuquerque, de São Paulo


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